Por diversas vezes participamos de cursos de gestão onde se perguntava: qual o verdadeiro negócio do McDonald’s? Batata frita, locação de imóveis, sanduiches, e tantas outras respostas.
Hoje, me pergunto: qual o verdadeiro negócio do Agronegócio Brasileiro? Em passado recente diríamos: Plantar e colher ou, criar e abater. Pronto, esse era o verdadeiro negócio.
Minha resposta hoje é: colocar comida na boca da população mundial.
Bom, dentro disso, começamos a entender a dinâmica das coisas na organização do nosso Agronegócio.
Antes dependente do governo federal, principalmente, o Agro hoje, podemos dizer, busca sua independência de produção, tecnologias, logística e suprimentos.
Antes desenvolvidas principamente pela EMBRAPA, o Agro hoje dispõe de estrutura própria para os estudos e os desenvolvimento de seu negócio. Formam mão de obra no exterior e desenvolvem sua própria infraestrutura no campo.
Além disso, hoje, o Agronegócio trata da questão logística com independência. Idem para as questões de transmissão de dados. Não podem contar com governos para fazer e melhorar estradas, ferrovias e/ou hidrovias. Armazenagem e portos, idem. Energia então, independência total.
Na cadeia de suprimentos, esse mesmo agro investe em fábricas de fertilizantes em solo nacional.
Assim, o Agronegócio se verticaliza. Hoje, esse segmento possui empresa de logística e participa de SPEs de ferrovias e hidrovias.
São auto-produtores de energia. Em breve, terão concessionárias de rodovias.
Tudo isso para permitir a realização de seu negócio: colocar a comida no prato da população mundial.
Para um mundo de mudanças, no Reino Unido já se fala que Charles III, coroado nesse mês de maio 23 pode vir a ser o último monarca desse reino. O povo já não quer mais pagar a conta da monarquia.
Esse fato exemplifica bem as mudanças que vivemos. A monarquia do Reino Únido existe a mais de 1.500 anos e, nem por isso, é eterna. E não será. A conta é cara.
Fizemos, com nosso dinheiro, em passado recente, metrô em outro pais. As grandes cidades brasileiras penam com sua mobilidade urbana.
Fizemos porto moderno fora, Santos e outros portos brasileiros passam dificuldades estruturais. Fizemos aeroportos na África. No Brasil Galeão, Viracopos e outros aeroportos passam dificuldades. Podemos citar ainda, outras obras fora em rodovias, ferrovias, saneamento, áreas irrigadas e muito mais.
Hora de olhar para dentro de nossas fronteiras e de uma forma mais estruturada e eficiente. Temos pressa.
O Agro e a mineração encontraram seus caminhos e esses caminhos, para ambos os casos, passa pela verticalização de tecnologias, infraestrutura, suprimentos e formação de mão de obra qualificada. Tudo isso com gestão própria e com menos influência e dependência operacional dos governos.
Vamos colocar comida na boca da população mundial, afinal, como dizia o governo Vargas, “Brasil, celeiro do mundo”.
O Brasil tem pressa. Os estados e os municípios, igualmente, têm pressa.